quinta-feira, 14 de abril de 2011

A NATUREZA DE CLASSE DA CRISE…



E ainda nos querem convencer de que “estamos todos no mesmo barco” e por isso devemos é pagar e calar!

Um recente estudo do economista Eugénio Rosa refere que, “Segundo o Boletim Estatístico de Março de 2011 do Banco de Portugal, a banca a operar em Portugal obteve, do BCE, financiamento no valor de 14.407 milhões € em 2008; de 19.419 milhões € em 2009; e de 48.788 milhões €, pagando uma taxa de juro de apenas 1%, o que determinou que, por este volume de empréstimos, deverá ter pago ao BCE cerca de 826 milhões €. Segundo também o Boletim do Banco de Portugal, a banca cobrou pelos empréstimos que, com esse dinheiro obtido do BCE, depois concedeu a particulares, a empresas e ao Estado, taxas de juro médias que variaram entre 5,05% e 6.87%, o que permitiu à banca embolsar, nos três anos, juros que somaram 4.683 milhões €. Se subtrairmos a esta receita de 4.683 milhões €, os juros que teve de pagar ao BCE – 883 milhões € – ainda restam 3.828 milhões €, que constitui a sua margem financeira liquida obtida só com o financiamento do BCE à taxa de 1%.”


E assim torna-se também mais fácil compreender porque é que o anúncio do fim dos próximos financiamentos do BCE tanta pertutbação lançou entre os principais banqueiros do nosso País!...

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